Para lá da janela...
As pessoas caminham entre subidas e descidas... entre o alcatrão e o paralelo... entre estradas cheias de gente e vazias... caminham sem destino e com destino... correm de um lado para o outro... caminham calmamente... caminham apressadamente... sacodem tapetes à janela... observam simplesmente os ruídos de uma paisagem quotidiana. Ao fundo da rua passam em fila algumas dezenas de caloiros que entoando canções da praxe expandem a alegria de ser jovem. Aos poucos a noite cai... chega a hora das pessoas saírem dos seus trabalhos... a azáfama nas ruas aumenta e aumenta... os condutores buzinam... como buzinam estes condutores de fim de dia... reclamam ... todos reclamam e todos têm razão... mas eis que o ruído nas ruas começa a diminuir... a diminuir... todos, quase todos, recolhem-se nas suas casas... fecham-se as janelas... as portas... dentro de casa termina-se um dia de trabalho... carregam-se as baterias necessárias para um outro dia que começa daqui a poucas horas... até já...
Comentários
Que saudades de ser jovem, de cantar as cantigas da praxe, de não ter que me preocupar com ser adulta e com as responsabilidades que implica sê-lo!!!
Belo olhar que tu deste... para lá da janela.
BEIJO
mas sabes o que mais gosto é estar para lá da janela e admirar os ambi3entes, as luzes dos que estão para lá dos cortinados.
Há casas que têm ambientes que nos atiram para sonhos, e fico maravilhada com as histórias que imagino daquelas salas, então agora nesta época do natal...
obrigada por me transportares para esta memória...
beijos